28 de setembro de 2012

Sustentabilidade é cuidado, é proteção, inquietação, incômodo, estresse, precaução e prevenção!


Temos que admitir que tem gente realmente diferenciada nessa vida. Leonardo Boff é uma pessoa diferenciada. Já li alguns dos seus muitos livros e escrevi aqui no blog. Esse último recebi por empréstimo da minha mais que amiga Susana Leal.

Há muita coisa boa, mas eu escolhi três partes que têm absolutamente tudo a ver com o que tenho sentido, com o que tenho vivido, escrito, produzido, pensado etc...

1 - A primeira é quando ele faz uma conexão entre sustentabilidade e cuidado! Cuidado no sentido de: (i) relação amorosa, suave, amigável, harmoniosa e protetora; (ii) preocupação, inquietação, desassossego, incômodo, estresse, temor e até medo face a pessoas e a realidades com as quais estamos afetivamente envolvidos; (iii) precaução e prevenção  etc...
Acho que ele foi muito feliz nessa reflexão e nesse jeito de ver sustentabilidade.

2 - A segunda é quando ele diz que somente um processo generalizado de educação pode gerar novas mentes e novos corações. Conversei sobre isso ontem mesmo com dois professores meus do PROPAD, acerca da missão de conscientização do pesquisador/professor. Discutíamos se valia a pena escrever sobre coisas "utópicas"...de como as coisas "deveriam ser", apesar de sabermos que "não serão" e a tendência é "não serem" mais ainda...

3 - A terceira responde a essa última questão. É quando ele faz uma chamado à esperança. Não me refiro à esperança da mudança conjuntural, mas pelo menos a mudança de alguns. É influenciar pelo menos em alguns, para quem essa influência fará toda a diferença. Aí lembrei-me dos ensinamentos de Paulo Freire, Celso Furtado, Milton Santos entre outros acadêmicos que formam o pensamento social brasileiro, no sentido de apontar que a esperança deve ser mantida!

Vale muito a pena ler o livro!


20 de setembro de 2012

A Queda, de Diogo Mainardi. Quem é pai se indentifica!

Recentemente recebi uma crítica de um professor que revisava um artigo que submeti para publicação num congresso. A crítica era de que meus parágrafos eram curtos e muito diretos e objetivos. Segundo ele, esse estilo era enfadonho para o leitor.

Acabei de ler um livro inteiro, que foi escrito em parágrafos pequenos, frases pequenas etc...adorei. Não gosto e nem desgosto de Diogo Mainardi. Entendo que ele é um personagem. Mas não tem pai que não se identifique com seu drama, sua alegria, sua experiência, etc...

6 de setembro de 2012

Igreja: Grécia (filosofia); Roma (instituição); Europa (cultura); América (empresa)!


Eu gosto do que esse cidadão escreve, com os devidos descontos da tropicalização necessária para ler livros de autores americanos.

Nesse livro que acabei de ler, fiz boas reflexões. Eis um bom parágrafo:
"Doutrinar não é o mesmo que conversar, ler poesia, apresentar uma mensagem motivacional ou promover um estudo recheado de técnicas de pensamento positivo"

Vejam outra boa passagem, onde o autor cita Richard Harverson:
"No início a igreja era uma comunidade de homens e mulheres centrada no Cristo vivo. Então, a igreja mudou-se para a Grécia, onde se tornou uma filosofia. Em seguida, mudou-se para Roma, onde se tornou uma instituição. Depois, mudou-se para a Europa, onde se tornou uma cultura. Por fim, mudou-se para o continente americano, onde se tornou uma empresa."