12 de setembro de 2011

"Somente quem respeita as pessoas ganha o direito de discutí-las, criticá-las ou até de opor-se a elas." (Boff)



Acabei de ler esse livro e gostei. O Autor não aprofunda nenhuma das importantes questões suscitadas na oração de São Francisco, mas faz belas reflexões devocionais sobre os temas.

Aliás, pelo livro fiquei sabendo que o texto da oração de São Francisco não é do Francisco de Assis, mas sim de outra pessoa. Independentemente disso, o fato é que trata-se de uma das mais belas orações que conheço. É simples mas é profunda. É a oração de quem leu e quer viver de acordo com as bem aventuranças.

Desde que vi na televisão, há muito tempo, um filme que tratava da sua vida, cresci admirando Francisco de Assis. Depois, quando li sobre ele e sobre o que ele pregava, me apaixonei completamente. Tenho na minha sala no escritório uma escultura dele.

Como sempre, escolhi pequenos textos pra compartilhar aqui. O primeiro saltou-me aos olhos porque ultimamente tenho conversado com tanta gente que acha que o amor é um sentimento. Gente que diz que o amor acabou...gente que acha que o amor é algo que acaba ou então teria que ser algo capaz de vencer todas as batalhas...veja o que Boff diz:

"O amor não vence todas as batalhas. Ele conhece derrotas. Mas ganha a batalha decisiva e final!"

O segundo trecho que escolhi compartilhar eu grifei por me lembrar imediatamente de algumas pessoas, como aquele Silas Malafaia, e outros...vejam o que diz:

"Somente quem as respeita (as pessoas)ganha o direito de discutí-las, criticá-las ou até de opor-se a elas ..."

Vale a pena fazermos a oração de São Francisco todos os dias!
21 de junho de 2011

'Lavar as mãos em conflito entre poderosos e desprovidos de poder significa ficar do lado dos poderosos, e não ser neutro'



Participando do grupo de estudo/planejamento da 4ª Edição do Programa LIDERA do Instituto Ação Empresarial pela Cidadania, fui convidado a ler esse livro. Achei simplesmente fantástico - uma das minhas melhores leituras de 2011.

Posso dizer que o livro me deu sobrevida de esperança, pois observar toda a corrupção e engano que o poder provoca dá sempre um desejo de se afastar dele...se eu quero produzir qualquer mudança, ainda que seja em mim mesmo, tenho que olhar o poder, tenho que me conectar com pessoas, tenho que criar, etc!

Resolvi, abaixo, transcrever diversos trechos, dos muitos que sublinhei, só para dar o gostinho:

"'O oposto da guerra não é a paz, é a criação!' Para enfrentar nossos desafios sociais mais complexos, precisamos de uma nova forma que não seja nem guerra nem paz, mas criação coletiva. Como podemos cocriar novas realidades sociais?"

"Minha interpretação dessa história foi que, se tivermos medo de nos contaminar com as realidades sujas do poder, fracassaremos na produção de mudança social."

"'Lavar as mãos em um conflito entre os poderosos e os desprovidos de poder significa ficar do lado dos poderosos, e não ser neutro'. Ignorar o poder é prova de ingenuidade ou de má-fé."

"A corrupção não começa no poder, mas na ignorância sobre ele."

"Fortaleça os fracos e chame os fortes à razão".

"A solução para o problema dos conflitos na Irlanda do Norte repousava havia muitos anos em um armário de documentos. O que faltava, e que um dia acabou acontecendo, era que os protagonistas fossem juntos a esse armário."

"Precisamos utilizar todo o poder politico dos governos para criar regras e leis; de todo o poder econômico dos negócios para gerar produtos e serviços; e de todo o poder da sociedade civil em produzir cultura de significados e valores."

"Se escolhermos só o amor ou só o poder, ficaremos imobilizados apenas recriando as realidades existentes, ou pior. Se quisermos criar novas e melhores realidades - em casa, no trabalho, em nossa comunidade, no mundo - precisamos aprender a integrar o nosso amor com o nosso poder."

Fica aí a dica de um excelente livro.