27 de dezembro de 2010

São Francisco de Assis é uma inspiração!


Ganhei esse livro na primeira confraternização desse ano, dia 27/11, em São Paulo. O presente foi do meu amigo oculto, Roberto Costa, companheiro no Conselho da Visão Mundial Brasil. Imediatamente comecei a leitura.
Duas razões contribuiram para que esse livro fosse o que mais tempo passou na minha mão em 2010 Demorei a terminá-lo porque esse mês de dezembro é muito cheio de agenda e porque ele tem 522 páginas!
Mas quero dizer aqui que todas as páginas valeram muito a pena. Não se tratam de assuntos repetidos ou óbvios e nem excesso de detalhe ou excesso de ilustrações. É puro conteúdo que promove muita reflexão e sobretudo inspiração.
O vasto conteúdo explora seis grandes tradições cristãs: contemplação, santidade, carismas, justiça social, evangelicalismo, e simbologias (sacramentalismo, liturgias etc).
O mais legal é que para cada tradição o Autor contava histórias de personalidades, que são considerados paradigmas históricos, conteporâneos e bíblicos...assim pude conhecer melhor algumas histórias, como por exemplo, de Santo Agostinho, São Francisco de Assis etc...
Recomendo de verdade. Além de inspiração e boa formação espiritual, o livro ainda dá ao leitor uma grande perspectiva da história da igreja, cujo conhecimento é muito válido.
Em tese, esse era para ser o meu último post do ano de 2010, porque o meu próximo livro só terminarei em janeiro. Mas amanhã Davi, meu terceiro filho nascerá e isso será motivo de mais um posto comemorativo.
15 de dezembro de 2010

Esse eu ajudei a escrever! (parte 2)

Quem acompanha o blog sabe que eu estou fazendo um curso de contação de histórias. Na verdade, o curso acabou e a formatura será sexta-feira numa grande noite de contação, no teatro da Fundação Gilberto Freyre.

Por ocasião dessa conclusão, a turma escreveu um livro, que contém 22 histórias de nossa autoria (22 alunos formandos), que servirá de memória dessa formação fantástica que vivemos e ainda sercirá para encantar aqueles que quiserem ler...

Além da minha história (que faz parte da série de histórias da minha personagem central, LINE), Paula também fez o curso comigo e escreveu uma bela história.

Em breve, se DEUS permitir, lançaremos outro livro um pouco mais elaborado, com a ajuda da minha querida amiga Adélia Araújo, que irá ilustrar LINE e suas aventuras.
3 de dezembro de 2010

Exemplo de resiliência!



Essa ilustração é do livro "O giro da bailarina" de Keyla ferrari Lopes.
É uma historinha que tem como personagem uma criança com paralisia cerebral, que gera a tetraplegia...bailarina sobre rodas.


O livro fala de esperança...de resiliência...
Nunca é demais ouvir coisas desse tipo!
1 de dezembro de 2010

"Interessa mais o conteúdo do que a forma!"




Esse livro, no final das contas, indica que interessa mais o conteúdo do que a forma...a história vale mais do que o livro...a palavra mais do que a boca do que proclama...Como a gente precisa entender isso!
30 de novembro de 2010

"Saudades do tempo em que eu orava mais do que lia."



Eu tenho um casal de amigos muito queridos que estão morando no Canadá. Falo de Aldênio e Luluca (e a perquena Sofia). Mês passado chegou de presente pra mim, pelo correio, esse livro, que eles mandaram com muito carinho (inclusive com dedicatória dos autores).

Eu li esse livro com muita calma (inclusive porque está escrito em inglês) e refletindo bastante. É que os autores são protagonistas de um ministério de profecias e são de uma linha teológica muito mística...eu, que já vivi muito nessa área, de uns tempos pra cá ando muito "pé atrás", com muito cuidado.

A dificuldade é me manter sensato, equilibrado e responsável ("Crer é também pensar!"), sem perder a noção de que Deus é também imanente, ou seja, é também espírito, opera milagres e ninguém pode limitá-Lo.

Já vi que não estou conseguindo me expressar direito. Difícil é manter o equilíbrio...ser ortodoxo...ao mesmo tempo livre para expressar emoções...ao mesmo tempo crer que DEUS pode fazer algo sobrenatural aqui e agora...ao mesmo tempo não cair na armadilha de querer espiritualizar tudo...mas ao mesmo tempo não ficar cego para as coisas claramente espirituais a minha volta...ao mesmo tempo...ao mesmo tempo...

Voltando ao livro, trata-se de um conjunto de testemunhos do casal de autores, ilustrados e recheados de passagens bíblicas, reflexões, exegeses e "dicas".

Teologicamente o livro não tem qualquer valor. Pessoalmente o livro tem muito valor. As vezes eu tenho saudade de uma época em que eu lia menos e orava mais...essa reflexão e essa saudade já pagou o que Aldenio gastou com o livro e com o correio!
29 de novembro de 2010

"O sucesso, como a felicidade, não pode ser perseguido" V.E. Frankl





Eu assino Ultimato, há muito tempo. Sempre leio coisas interessantes nessa revista, mas quase nunca posto algo no blog sobre esses conteúdos. Mas dessa vez resolvi compartilhar.

A revista desse bimestre (novembro/dezembro 2010) é sobre o sofrimento e traz muita informação sobre Viktor Emil Frankl, um judeu que passou quase três anos em campos de concentração nazistas. É esse aí da foto acima.

Esse cidadão escreveu algumas coisas interessantes e eu vou replicar aqui algumas delas. Segue a primeira:

“Não procurem o sucesso. Quanto mais o procurarem e o transformarem num alvo, mais vocês vão errar. Porque o sucesso, como a felicidade, não pode ser perseguido; ele deve acontecer, e só tem lugar como efeito colateral de uma dedicação pessoal a uma causa maior do que a pessoa...O prazer é e deve permanecer efeito colateral ou produto secundário.”

Num mundo que prima pelo sucesso, acho que essa reflexão é pertinente.

E tem mais essa:

“Quando já não somos capazes de mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós próprios.”

Vejo aí que o perigo está em ficarmos tão cegos, apaixonados por nós mesmos, ou orgulhosos, que escolhemos não mudar e tudo permanece inalterado...morno e triste!

Deus tenha miserciórdia!
26 de novembro de 2010

Nós, pós-modernos, estamos cegos em relação a quê?



Trata-se de uma obra muito relevante, especialmente para quem deseja ter qualquer tipo de atuação intencional de evangelização, uma vez que estudamos história para entender o passado e construir o futuro de maneira mais eficaz e esclarecida.

O Autor propõe uma análise objetiva da evangelização no Brasil, desde a sua descoberta, independente de cor denominacional, e tem como objetivo gerar reflexões da evangelização atual.

No início, é apresentado ao leitor a maneira imperialista e mercantilista com que se fez missões na Europa, cujos resultados são vistos aqui no Brasil. A teologia de missões era sobremaneira influenciada por essas questões, que o ensino foi completamente prejudicado.

Os primeiros missionários, sobretudo católicos corriam atrás de pessoas, escravos, índios etc, para batizar, sem o mínimo de critério, conversão, discipulado, enquanto que essas pessoas era que deveriam procurar o batismo, se fosse o caso.

A preocupação era com a quantidade e com a suposta transformação de pessoas para uma situação de pós-paganismo. Isso ficou muito evidenciado com a visita curta e de caráter de escala noutra viagem, que um missionário protestante fez ao Brasil nessa época (séc.18).

Ele se impressionou com a quantidade de cruzes (e referências à fé cristã) mas se surpreendeu mais ainda com a falta da “doutrina da cruz”.

Já no século 19, com maior presença de missionários protestantes, essa história começa a mudar, mas também há o registro de que aumenta-se o sectarismo e o denominacionalismo.

Indubitavelmente, o que mais me chamou atenção foi o fato de que as pessoas que defendiam a missão, dentro dos diferentes paradigmas, culturas, períodos históricos etc, recorrentemente se mostravam cegos aos aspectos extra-bíblicos e extra-teológicos que lhe influenciavam.

Os primitivos eram cegos ao ambiente apocalíptico; os helenistas eram cegos à influência filosófica pagã; os católicos eram cegos em relação ao desastroso relacionamento entre igreja e estado e à eclesiastização da salvação; os protestantes eram cegos aos motivos político-estatais que lhe deram vazão; e os da era iluminista eram cegos ao seu etnocentrismo.

Nós, pós-modernos, estamos cegos em relação a quê?

QUE JESUS PREGAMOS?

Termino dizendo que só a reflexão e a ciência desses fatos, bem como a consciência daquilo que nos influencia, já nos deixa mais cautelosos e temerosos em relação a nossa missão, ministério e influência.
24 de novembro de 2010

O que de melhor podemos oferecer é "o que somos"!



O que faz de nós pessoas queridas, ou apreciadas, não é o que temos ou o que nós fazemos ou ainda o que podemos oferecer.

É quando nos doamos a nós mesmos e quando oferecemos todo o nosso ser, que as pessoas passam a nos apreciar. Isso é porque o que de melhor temos a oferecer é exatamente o que somos. Deus nos fez perfeitos e isso basta.

Essa é a mensagem desse excelente livro "infantil". Realmente muito lindo!
23 de novembro de 2010

Esse eu ajudei a escrever! (Direito Desportivo)



Acabei de ler esse livro, que é feito de diversos textos (um deles de minha autoria).

São textos de autores vindos de muitos lugares do Brasil(BA, AM, RJ, SP, MG, PR e é claro PE), e do Uruguai.

Com a entrada em vigor do novo Código Brasileiro de Justiça Desportiva - CBJD, surgiu a necessidade de se produzir doutrina sobre as principais alterações, avanços e críticas.

Essa é a primeira parte de uma obra maior que está no forno, que será um CBJD comentado, cuja publicação se dará em breve, também sob a coordenação do amigo Milton Jordão, da Bahia, e também com uma participação minha.

Alcançar o outro num salto, como um trapezista!




Li o Manual da delicadeza de A a Z, escrito por Roseana Murray.

São pequenos textos sobre temas...amor...bem-estar...c...d....e...na letra F (Fonte)eu li o seguinte:

“Como trapezista, alcançar o outro num salto...E então beber a água limpa dessa Fonte!”

Amigos, vocês têm noção do que isso significa? Alcançar o outro num salto, como um trapezista para então beber da fonte de água limpa?

Lembrei-me de um poema que fiz há um tempo atrás, que diz assim:

"Se há um povo, e há
Eu não sou sozinho
Se tu és conosco, e és
Preciso de ti, no outro.

Faz-me ver onde está o meu outro
Sê o “forte” e impulsiona o ímpeto
Tua Palavra será o meu prumo
E o teu perdão a minha bandeira"
19 de novembro de 2010

Mosca é um troço muito chato!



Essa história é de uma mosca que enche o saco de uma vaca posando no nariz dela, nas mamas, no bumbum etc...e a vaca fica tentando o tempo todo pegar essa mosca com o rabo...no final ela consegue pegar a mosca...mas não se livra do problema...pense numa mosca chata da preula! rsrsrsrsrsrs

Não tem nada pior do que mosca...rsrsrsrs

Sempre há quem encha o nosso saco...nem adianta a gente se livrar disso...sempre haverá outra...rsrsrsrs
18 de novembro de 2010

Esse livro me fez lembrar de K-Renato e seus famigerados sustos!



Quando eu era pequeno sofria muito na mão do meu irmão mais velho, K-Renato. É que eu tinha muito medo. Medo de tudo...de escuro...de fantasma...de ficar sozinho...de monstros etc...e ele se aproveitava para me dar sustos e me aterrorizar..

Só me lembrei dessa fase da minha infância lendo esse livro...o enredo é sobre medo e de como pimenta no traseiro dos outros é refresco. Todos temos nossos medos. Não devemos julgar os medrosos.

Esse é mais um livro infantil que muito adulto precisa ler...
17 de novembro de 2010

Esse aí de "Infantil" não tem nada!



Sábado passado eu tive a oportunidade de ler vários livros "infantis".

Esse aí é sobre fazer da vida uma alegre jornada, com muitos sonhos e expectativas.

Isso espanta a morte.

Essa semana eu conversava com meu sogro sobre esse assunto. De como a gente não pode parar sob pena de a vida perder o sentido. A aposentadoria deve ser bem planejada, para que não se fique "ocioso".

Viver, sentir, esperar, sorrir, chorar, comemorar etc...faz parte da vida...deitar, levantar, descansar, reclamar, relaxar etc...faz parte da morte!

Esse livro eu não li, ainda!



Esse livro eu NÃO li! Minha grande amiga/mentora/incentivadora, Susana Leal, está passando uma temporada na Inglaterra, por ocasião de um mestrado em sustentabilidade...ela me enviou esse livro (que será da biblioteca do LIDERA), mas infelizmente não deu pra eu ler.

É que, de fato, eu ainda não estou preparado para ele. O livro não é simples de ser lido. Ainda por cima, o livro está em inglês. Aí ficou um peso muito grande e a leitura passou a não ser prazerosa, razão pela qual abandonei após o primeiro capítulo.

Mas eu sei que o dia chegará em que esse livro estará traduzido, ou então, eu conseguirei um grupo de estudo (assim como fizemos com "Artistas do Invisível) pra conseguir aproveitar esse conteúdo.

Esse post não é somente pra dizer o que não li, mas servirá pra deixar um gostinho do que me espera quando eu estiver melhor preparado para ler. Vejam as primeiras linhas do prefácio (tradução livre):

"Esse livro é sobre uma jornada...é se perder e depois se achar. É sobre a vida...sobre se auto responsabilizar, sobre inspiração, liderança. No final das contas, é sobre cura!"

Um dia desses eu tava pensando sobre isso. A primeira tarefa de um líder: se responsabilizar pelo seu auto-conhecimento e audo-desenvolvimento. Isso passa por se perder...passa por se auto-responsabilizar...passa por inspiração...passa por cura!

Não sei porque as pessoas têm tanto preconceito com esse termo "cura". Parece que ninguém quer ser considerado "doente", especialmente se não há algo manifestamente físico e visível...

Eu sei das minhas muitas mazelas...mas sei também que não tenho consciência ainda de muitas outras que me serão reveladas na jornada...e quero cura sempre!
11 de novembro de 2010

"Jesus não aprovava esse esforço missionário!"




Eu já tinha lido esse livro há muito tempo, mas confesso que à época, não aproveitei bem a leitura. Tem coisa que a gente não pode antecipar na vida. Pra tudo tem um momento. Não adianta eu ter algumas experiências, ler alguns livros, etc...antes de estar preparado para tanto. É por isso que em universidades há matérias que são chamadas "pré-requisitos"...

O livro não é pra quem quer ler "prato pronto" ou para quem tem preguiça de acompanhar o raciocínio que está por trás de alguma afirmação ou tese. É muito profundo e esse mísero post não será capaz de dar uma noção dessa profundidade.

Vou deixar aqui apenas esse "tease". Vejam o que o autor diz sobre o agir missionário de Israel etc:

"Tendo isso em mente, os judeus, e especialmente os escribas e fariseus, já estavam ocupados com grande esforço missionário. Jeremias também demonstrou que "Jesus veio ao mundo durante aquela que foi a época missionária por excelência da história judaica".
Por mais surpreendente que possa parecer, Jesus não aprovava esse esforço missionário: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito, mas, quando conseguis conquistá-lo, vós o tornais duas vezes mais digno da Geena do que vós!" (MT 23,15).
Era questão de "cegos conduzindo cegos! Ora, se um cego conduz outro cego, ambos acabarão caindo num buraco" (MT 15,14)."


Pra quem gosta e é chamado como evangelista, missionário etc fica a pergunta: o que acontece quando alguém se converte na sua comunidade? Ele se torna o quê? Qual o grau de atenção que se dá a essa vida? Estamos transformando pessoas sem Cristo em quê?

Precisa eu detalhar quais as implicações dessa reflexão?
2 de novembro de 2010

Quem leu o post sobre Arthur (síndrome de down) precisa ler este!

Aconteceu algo que vale a pena deixar registrado, porque não pode ser comum.

Quem leu meu último post viu que li um livro sobre um garoto com síndrome de down, chamado Arthur, que mora em São Paulo.

Viu também que enquanto eu estava em Petrolina, conheci, por coincidência, uma mulher chamada Cecília, também portadora de síndrome de down.

Pois ontem a irmã de Cecília viu o blog e me alertou para uma grande sincronicidade...Arthur e Cecília são primos!

Quem quiser que ache normal...mundo pequeno...eu fico é atento aos sinais.
1 de novembro de 2010

A chegada de um filho com Síndrome de Down.



Mês passado eu postei aqui uma frase de Dom Helder,sobre a gente só amar o que conhece, referindo-me ao fato de ter conhecido uma bela organização que cuida de crianças com sindrome de down.

Daquele encontro, iniciou-se outro movimento...Paula se propôs a contar histórias para as crianças uma vez por semana, ofertando seus encantos a esses pequeninos.

Semana passada ela trouxe para casa esse livro, começou a ler e logo me disse que eu deveria ler também. Ela estava certa.

A autora conta a sua história de vida (a chegada de um bebê com síndrome de down chamado Arthur), com muita emoção, muita verdade, sem maquiar sentimentos e sem esconder as sombras. Fazendo isso ela esclarece fatos, desmistifica muita coisa para nós (leigos nesse assunto) e ainda por cima faz uma belíssima reflexão acerca de Deus e Seus propósitos.

Quanto a esse último ponto eu destaco o seguinte trecho:

"Arthur me lembra todos os dias que nossa verdadeira missão é amar. É para isso que estamos aqui. Nossa vida é um plano de amor, pois foi por esse amor que fomos criados. Deus nos amou primeiro e tem por nós um amor incondicional que é dedicado a cada uma de suas criaturas, sem distinções. É nesse amor que encontramos a verdadeira felicidade, porque o amor nos completa e nos faz crescer. É o amor que nos faz livres do preconceito, da mentira, do egoísmo, da vaidade, do orgulho, da maldade. Livres para nos aceitar como somos: diferentes. Livres para fazer o bem. É por certo uma busca contínua, com quedas e conquistas. Mas com a certeza de que um mundo melhor começa com a iniciativa de cada um de nós."

Vejam como as coisas acontecem (sincronicidade)...eu trouxe esse livro para vir lendo no avião, por ocasião da minha visita a Petrolina para pregar na Conferência de 5 anos da Paróquia do Semeador, igreja liderada pelo meu grande amigo Pr.Rodolfo.

Logo que começamos o primeiro dos três cultos, notei, na primeira fila, uma garota portadora da síndrome de down. Seu nome é Cecília. Ela adorava como nenhuma outra pessoa fazia no templo. Ao final do culto ninguém estava tão entusiasmado em me conhecer do que ela. Ninguém foi tão simpático e carinhoso quanto ela.

Eu a tratei não de modo especial, mas exatamente como eu tratei todos aqueles irmãos que eu estava conhecendo naquela ocasião...gente muito querida que congrega e faz da vida de Rodolfo uma grande alegria e um enorme desafio. Fiz questão de colocar em prática o que estava aprendendo com esse livro (tratá-los com naturalidade) e a resposta foi imediata.

Sei que Deus não está me dando essas experiências/vivências/conhecimentos sem razão.

Mas fica a indicação desse belo livro que me trouxe muitas lágrimas aos olhos, muita alegria ao coração e muita esperança em Jesus!
29 de outubro de 2010

Se eu não estiver perto dos meus filhos, alguém vai estar!



No encontro passado que tivemos no Curso de Contação de Histórias eu conheci o professor de português Antonio Almeida, que nos deu aula. Fiquei fascinado pela sua didática dinâmica e muito legal. Numa dessas dinâmicas eu ganhei, de prêmio por participação (na verdade, prêmio por pagar mico), esse livro.

Trata-se de um livro de literatura infanto-juvenil; daqueles paradidáticos que os colégios nos obrigam a ler. (Na minha época, no Colégio São Luis, li "A droga da obediência" e outros)

Mesmo não sendo um livro que despertasse em mim qualquer curiosidade, comecei a ler e não parei mais (livro bom é assim). O enredo fala do primeiro amor, da primeira transa, fala de política (o livro é de época - ditadura) e fala de família.

Hoje, quando eu terminei de ler, me deu uma enorme vontade de orar pelos meus filhos. É que eles são (e serão ainda mais) bombardeados no mundo com informações, músicas, livros, filmes, etc...com valores muito distantes daqueles que eles vivenciam em casa.

Eu estou longe de ser moralista, mas isso não significa dizer que eu não me preocupe com algumas coisas. Uma jovem que lê esse livro será naturalmente influenciada a buscar relações sexuais muito cedo e de uma forma que não condiz com o que eu creio que seria o melhor para ela, segundo a minha cosmovisão.

Temos que ter muito cuidado com o conteúdo que está sendo passado para os nossos filhos. Sou contra isolar as crianças do mundo, pois eles não aprenderão a viver no mundo e serão alienados. Por isso, tenho que ter uma atitude (iniciativa, ação intencional) de fornecer aos meus filhos também os conteúdos, vivências, experiências etc, que apontam para uma vida abundante conforme a Bíblia nos orienta (contracultura).

Se não priorizarmos isso, nossa "educação" passiva e desinteressada será engolida pela cultura.

Pensemos nisso!
25 de outubro de 2010

Se a idéia era mudar o coração, o objetivo foi alcançado em mim!




Acabei de ler esse livro. Na verdade, não é bem um livro...uma história, ou uma tese. Esse projeto foi parte de um programa chamado Rota da Paz, em Fortaleza-CE, e contou com o apoio da Visão Mundial.

São relatos de vários jovens que vivem em situação de pobreza, expostos à violência urbana. A idéia do livro é que as pessoas, a partir da leitura desses relatos, possam ver esses jovens com outro olhar.

Pelo menos comigo o objetivo foi alcançado! Impressionante como um pouco de esperança pode mudar uma vida; uma comunidade! Como cobrar ou sentir raiva de jovens que nunca tiveram chance na vida?

Quando indagados, essas crianças/adolescentes/jovens nos mostram que são vítimas da nossa própria omissão. E nesse livro eles fazem isso não com ódio, mas com doçura, verdade e esperança.

São questões que mexem com qualquer um.

Se você um dia se pegar sentindo algo diferente de "amor" por qualquer adolescente/jovem marginalizado basta ler esse livro e Deus certamente transformará o seu coração. Você passará a orar por eles e quem sabe, fazer algo de concreto para mudar essa dura realidade.

Que Deus nos ajude a transformar essa situação!

Recomendo!
22 de outubro de 2010

Bono, do U2, cantor, empresário, ativista político e humanitário. Cristão!



Acabei de ler esse livro. Trata-se na verdade do registro de diversas sessões de conversas que o Autor (Michka Assaias) teve com o cantor, ativista político e humanitário, empresário...cristão...Bono (U2).

Achei que iria passar um mês lendo esse livro pois ele é muito grosso (320 páginas) e ainda por cima está em inglês. Mas o fato é que, por ser tão bem escrito e por se tratar de conversas registradas, perguntas e respostas, entrevistas, desabafos...a leitura é instigante.

Essa semana, para se ter uma idéia, eu não fui pro jogo do Náutico na terça-feira, não assisti a qualquer jogo na televisão na quarta e nem na quinta, só para ler esse livro depois que Paula e os meninos pegavam no sono.

Uma das muitas coisas que me fascinou nesse livro foi o fato de que esse cidadão, apesar de ser uma das maiores estrelas do pop-rock mundial, apesar de ser tão engajado em questões humanitárias e sociais, apesar de ser multimilionário, tem tempo de se dedicar à oração, leitura das escrituras, meditação e outras disciplinas espirituais.

O que é muito legal é que, apesar de ele ser quase “adorado”, ele não se considera melhor ou maior do que ninguém, espiritualmente falando. Ele tem a ciência de que é espiritualmente pobre (Mateus 5:3 - NTLH).

É claro que ele não é perfeito e alguns podem dizer que ele não seria o que poderíamos chamar de um “excelente testemunho”, especialmente nas igrejas mais conservadoras. Isso, num certo sentido, é bom, para acabar com essa mania que as pessoas têm de se projetar em outras pessoas. Tem gente que não consegue ver um líder cair, pecar publicamente, que tem a sua fé abalada (fé em DEUS e fé na igreja). Mas isso é assunto pra outro livro...pra outro post.

Vou traduzir (livremente) e colar aqui em baixo um trecho da fala de Bono nesse livro:

“A gente às vezes cai mesmo em depressão...a gente também peca, comete erros...mas eu tenho a minha fé que me ajuda muito. Você tinha me perguntado antes sobre em que eu penso quando acordo. Aí está, penso em Deus, me entrego a Ele. Algumas vezes eu sinto a Sua presença claramente, outras vezes eu não sinto e me sinto sozinho. Eu então fico imaginando onde Deus está – não quero parecer muito dramático aqui mas – fico perguntando: Deus, onde está você? Normalmente a resposta é a seguinte: Eu nunca fui a lugar algum. Estou sempre aqui. E aí eu vejo que em algum momento eu me vendi e me afastei dEle. Esse processo não é tão simples como eu aqui descrevo, mas em outras palavras é isso que acontece e que as vezes demoram dias, semanas, meses etc.”

Bono tende a valorizar a verdade, ainda que seja dura e milite contra seus próprios interesses (imagem).

O livro trouxe excelentes reflexões acerca de liderança, arte, engajamento social e outros assuntos. Vale a pena, especialmente pra quem já acompanha a carreira dele.
17 de outubro de 2010

Espiritualidade sem discipulado voltado para o cotidiano e para os aspectos sociais, econ. e políticos é religiosidade, não é cristianismo.



No mês passado eu tive a oportunidade de estar com o Harold Segura, teólogo colombiano, e ganhei de presente esse livro. Para quem está querendo crescer espiritualmente, esse livro é muito profundo.

Ele trata de questões muito profundas. Veja essa citação:

"Uma espiritualidade sem um discipulado voltado para o cotidiano e para os aspectos sociais, econômicos e políticos da vida é religiosidade, não é cristianismo."

Recomendo mesmo!
13 de outubro de 2010

Fazer a felicidade de alguém!

Sábado passado, durante o curso de contação de histórias, fui apresentado a esse livro, pela minha amiga Adélia.

Como sempre, esse livro infantil é de muita valia para os adultos. Não quero contar a história, mas adianto que o enredo trata de como a gente as vezes espera que os outros nos façam felizes, em atitude passiva.

O livro nos inspira de maneira lúdica a tomar iniciativas para fazer os outros felizes, e a consequência será a nossa felicidade.

É lindo.
11 de outubro de 2010

Não é fácil ver além do que todos podem ver, mas é possível!



Sábado eu acabei de ler "The Leading Edge", que é a história do Instituto Haggai. Eu ganhei esse livro do pastor Miguel Cox, há muito tempo atrás (mais de dez anos). Ele me deu quando retornou da sua imersão nesse Instituto, uma vez que eu tinha muita vontade de fazer também essa jornada.

Desde então eu me apliquei e fui selecionado para ir, mas a minha agenda de noivo/esposo/pai/pai²/pai³/advogado nunca permitiu que eu passasse 30 dias longe de Recife para esse treinamento.

Eu reencontrei esse livro quando estava arrumando a minha biblioteca e decidi ler, simplesmente porque está escrito em inglês e eu queria praticar. Tinha acabado de ler "Man of Vision" em inglês, e como notei dificuldade, vi que precisava estar praticando.

Mas acabou que o livro não serviu só para praticar inglês. Como o livro é um registro histórico (quase a "biografia" do Instituto Haggai), você acaba estudando a história recente do cristianismo, especialmente em relação a missões transculturais.

Na minha opinião, Dr. Haggai teve uma visão realmente muito além do seu tempo. Não era de se esperar que um homem como ele fosse desafiar dessa maneira a cosmovisão da sua comunidade e os princípios imperialistas que caracterizavam (ou caracterizam) as missões protestantes do século passado.
Ele entendeu, em suma, que a evangelhização seria mais efetiva se fosse realizada por líderes nacionais (e não estrangeiros) e por conseguinte, que o treinamento de liderança deveria ser realizado também por nacionais ou por outros líderes de países do terceiro mundo (majoritariamente), para evitar o sentimento de que outras questões além do evangelho estivessem em jogo.
Valeu a pena!
6 de outubro de 2010

“Discipulado” para “CPF’S” e “CNPJ’S”.

Algo que tem me incomodado profundamente é ver a (falta de) governança nas organizações não governamentais cristãs que têm (em tese) por objetivo promover o bem público de alguma forma. Falo de creches, asilos, entidades de desenvolvimento, entre outras, que são direta ou indiretamente ligadas a igrejas.

Por um lado, há organizações cujos líderes são servos e sérios, e que não desenvolvem sua governança simplesmente por falta de visão ou por que não foram devidamente exortados dessa necessidade, o que é muito comum, e demonstra a necessidade de uma espécie de “discipulado” constante não somente de “CPF’S” mas também de “CNPJ’S”.

Por outro lado, há a criação de organizações que deveriam obedecer à lógica de ter pessoas contribuindo para o alcance dos objetivos sociais, mas muitas vezes, existem para servir como plataforma para pessoas alcançarem seus objetivos pessoais.

Nesses casos, mesmo constando nos estatutos ou no discurso dessas organizações, que se tratam de entidades privadas sem fins lucrativos, com finalidade pública, na verdade esse não é exatamente o reflexo fiel do que acontece na prática. Tratam-se de organizações privadas, que podem até ter boas intenções e ter objeto social nobre, mas tem finalidade de lucro. Não são entidades sociais (no sentido de serem da sociedade civil).

Isso é facilmente observado quando observamos a falta de transparência; a falta de profissionalização; os argumentos teológicos oportunistas (por se tratar de “ministério”); práticas ilegais nas relações fiscais, trabalhistas; nepotismo, entre outros sinais.

É uma pena porque, como sempre, as organizações cristãs deveriam ser exemplo e dar testemunho de excelência. Essas organizações deveriam ser íntegras, agindo o tempo todo como se uma câmera estivesse filmando cada decisão, cada estratégia, cada recurso. Essa câmera é uma boa governança!

Nessas organizações, fica muito claro que o verdadeiro “dono” não é a sociedade civil, nem Deus, mas sim os idealizadores, fundadores, diretores. Por essa razão a “governança” dessas organizações é mentirosa. Os diretores normalmente não dirigem, mas apenas emprestam os nomes; às vezes sequer sabem o que ocorre nas organizações.

Normalmente, esses voluntários que emprestam seus nomes para que conste nas atas são pessoas com excelentes motivações, mas que inconscientemente ajudam a manutenção de projetos pessoais não sustentáveis. É fácil doar tempo, dinheiro, nome e credibilidade de maneira irresponsável e negligente.

Sem uma governança verdadeira e real não há sustentabilidade, não há controle da missão, não há finalidade realmente pública, não há fiscalização adequada e, por conseguinte, não há transparência!

O tempo está chegando, e muito rápido (espero eu), em que grandes e pequenos financiadores, parceiros e até os beneficiários (todos os stakeholders) passarão a avaliar as organizações olhando para a governança, como ocorre no mercado corporativo, o que implicará na obrigação de todas as organizações investirem intencionalmente e prioritariamente na transparência, legalidade, equidade e sustentabilidade.
4 de outubro de 2010

Há ocasiões onde não cabe mais um sermão de 40 minutos!



Quando acabei de ler "Man of Vision", estava em casa nesse fim de semana e os outros livros que estavam a minha espera encontravam-se no escritório. Assim, fui à minha biblioteca procurar algo pra ler no domingo e encontrei esse livreto, do Carlos Queiroz, que eu já havia lido. Decidi reler ele, já que é bem pequeno!

Ele é mais um roteiro para "leitura orante comunitária" da Bíblia. Não tenho dúvidas de que escolhi reler esse livreto porque na sexta-feira eu participei de uma sessão de leitura orante, mais ou menos nos moldes do roteiro desse livreto, liderada por Harold Segura, que muito me abençoou.

Eu lembro de ter coordenado apenas três vezes uma leitura orante comunitária: uma num grupo pequeno na minha casa com os amigos de ministério; outra numa virgília em Aldeia, com amigos da igreja; e outra em Porto de Galinhas na casa de uma grande amiga.

Decidi que preciso fazer mais isso! As pessoas, especialmente nas igrejas, chegam a um momento em que, racionalmente, já sabem de muita coisa na teoria. Qualquer mensagem que você possa trazer já lhes é conhecida e as "novidades" restringem-se a um ou outro insight, mas que não muda em nada a mensagem do evangelho, que é uma só!

Para essas pessoas, o mais relevante é ter uma experiência de como a Palavra de Deus pode ser alimento para as suas vidas de maneira especial.

Além do mais, o líder pode exercitar a liderança de serviço, onde ele fala o menos possível. Vivemos dias em que as pessoas não se conectam muito, não têm tanta oportunidade de se expressar em comunidade. Tudo é muito virtual, inclusive amizades etc.

Na leitura orante comunitária, a pessoa é protagonista da própria mensagem de Deus; ela não precisa ficar ouvindo a mesma pessoa falar por 40 minutos; ela pode ser usada por Deus para abençoar outras vidas ao mesmo tempo em que ela é alimentada pela Palavra de Deus.

Eu sei que há ocasiões em que isso não pode ser feito. Reuniões com mais de 40 pessoas...reuniões muito formais etc...mas há muitas oportunidades para se praticar essa "lectio divina" comunitária e eu estou disposto a resgatar isso no meu ministério!
3 de outubro de 2010

"O Compromisso com Deus não é garantia de imunidade a doenças e dores do mundo!"



Trata-se da história de vida do casal Bob e Lorraine Pierce, fundadores da Visão Mundial, contada por sua filha.

Tantas são as lições que eu tirei desse livro que um post de 50 páginas não seria suficiente.

Um homem como eu, hiper-ativo e com dificuldades de ativismo (no aspecto tenebroso da palavra), tem muito a aprender com essa história.

Eu lembro de mim mesmo a cada página. Orações que Bob fez e que eu fiz ou faço; argumentos que ele usou no seu relacionamento conjugal, que eu também usei/uso; etc...etc

Grande parte do livro conta do período em que Bob viajava e sonhava e trabalhava e servia, enquanto Lorraine ficava cuidando das crianças...e uma parte muito considerável do meu tempo eu invisto em viagens, sonhos, trabalho, serviço etc também...enquanto Paula cuida dos nossos preciosos filhos, casa etc.

Dou graças a DEUS de poder ter aprendido mais cedo sobre as minhas prioridades, para não cometer os mesmos erros que ele cometeu, mas sigo dizendo que essa reflexão é de ser feita sempre de tempos em tempos...nunca podemos nos descuidar disso.

Lembro vividamente de como eu sempre digo a Paula que eu anseio pelo dia em que as crianças serão menos dependentes da gente, pra que ela possa me acompanhar mais...(e agora escrevendo isso eu acabei de me apoderar do sentimento de que eu não quero que as crianças cresçam rápido...estamos curtindo cada minuto de cada fase da vida deles)...

Mas há outras reflexões...Bob era um homem de Deus com uma visão...o amigo Eduardo Nunes, que me deu esse livro de presente, me disse que acha que nesse caso a Visão se apoderou do homem...mas ele tinha as suas debilidades, inclusive psiquiátricas...

Conversando com outro amigo esses dias (Maurício Cunha), chegamos à conclusão que ele certamente tinha alguma disfunção...talvez fosse bipolar...mas na época acho que esse diagnóstico era mais difícil de ser feito...

Nada impede de sermos pessoas usadas por DEUS e termos nossos problemas...

Eu recomendo a leitura desse história realmente comovente e fantástica.
28 de setembro de 2010

Preciso de ajuda do alto e não de auto-ajuda!


Acabei de ler esse livro que o autor graciosamente me presenteou.

Não me surpreendi de ter gostado do livro porque Márcio Duran tem uma qualidade que eu valorizo muito, que é a objetividade e a linguagem simples, sem muitos rodeios.

Nesse livro, ele vai direto ao ponto exortando-nos de que precisamos adotar um estilo de vida mais simples, se quisermos ser verdadeiros seguidores de Jesus.

Há abordagem histórica dessa teologia, há relatos de importantes ajuntamentos de líderes/referência, há outro montão de informações no livro, muito interessantes.

Mas o que mais me chamou a atenção é resumido no seguinte parágrafo:

“Quando consideramos os outros como maiores do que nós mesmos (e aqui os “reis” da auto-ajuda ficarão em polvorosa), quando temos uma visão de compaixão pelos erros alheios, falamos menos e amamos mais”.

Se eu amo mais e considero as pessoas como maiores do que eu...pra quê impressionar? Pra quê ser “sofisticado?” Se eu já sou o menor mesmo...posso parecer menor e não vai fazer diferença...

Eu não quero e nem o autor do livro quis levantar polêmicas, só pela polêmica, mas eu achei muito relevante a preocupação de sermos mais simples, na medida de sermos mais verdadeiros e mais parecidos com Jesus.
27 de setembro de 2010

"A gente só ama o que conhece" (Dom Helder)



No domingo então, Deus resolveu me chacoalhar de vez!

Mamãe havia sido convidada para dar uma palestra sobre Responsabilidade Social durante essa Jornada promovida pela Associação Novo Rumo. http://associacaonovorumo.wordpress.com/

Como meu avô está na UTI, ela pediu que Paula e eu fizéssemos essa palestra e nós fomos, mas não sabíamos que DEUS tinha planejado aquilo pra gente. Na verdade, nós fomos apenas para ajudar mamãe.

Lá chegando fomos impactados com a qualidade do trabalho dessa organização, com a necessidade de apoio e fortalecimento de iniciativas como essa.

As crianças especiais apresentaram um número de capoeira...mostraram um vídeo contendo as atividades com animais (coêlhos, jabutis e cães), música etc...com muito voluntariado e muita alegria.

Aprendi que Dom Helder falou: a gente só ama o que conhece. Eu ontem conheci esse belo trabalho e me apaixonei.Só DEUS sabe os frutos que essa paixão vai fazer brotar!

Ainda bem que dessa vez eu falei antes de ver qualquer dessas coisas, senão certamente eu não falaria coisa com coisa....rsrsrsrs

Não ficaremos detidos no lamento!

Mesmo com meu avô na UTI, e mesmo com a garganta inflamada, tive um belo fim de semana de crescimento.

No sábado, eu tive a oportunidade de participar de um evento produzido pela juventude da minha igreja. Ali, ouvi um testemunho de um jovem que me impactou muito, pois me fez pensar que DEUS de fato cuida da gente, mesmo que não consigamos enxergar isso no momento.

Nossa história tem muitas idas e vindas e tudo contribui conjuntamente para que sejamos hoje do jeito que somos.

Isso não significa que deixaremos de sofrer, por saber que DEUS está no controle, mas significa que não ficaremos presos ao sofrimento; não ficaremos detidos no lamento; não ficaremos a resmungar eternamente etc etc...

Quando chegou a vez de eu dar a minha palestra, ao invés de falar o que eu tinha preparado somente, eu só ficava me lembrando de como Deus trabalha nas nossas vidas, apesar de as vezes ficarmos cegos para esse intenso labor. (eu devo ter repetido isso algumas vezes)

Acabou que nem sei se falei coisa com coisa...rsrsrsrs
24 de setembro de 2010

Marina, a vida por uma causa. Me encantou. Que bela história!



Eu já havia decidido votar em Marina Silva, há muito tempo.

Porém, comecei a leitura desse livro, motivado por um comentário de Miguel Uchôa, que havia recomendado publicamente.

Quero dizer que o livro está muito bem escrito, olhando para o passado mas sempre contemplando o presente, com muita honestidade.

Virei fã dessa mulher. Sua vida me inspira nesse momento a sempre refletir... permanecerei perseguindo meus objetivos e sonhos, sem esquecer de parar para refletir o momento e o que DEUS me mostra de tempos em tempos.

O estilo de liderança dela é para mim também um grande exemplo. Difícil de eu conseguir seguir, pelo fato de termos personalidade muito diferente, mas é digno de que eu admire e tente, ao máximo, me aproximar.

Oremos para que DEUS levante mais e mais pessoas como ela!
23 de setembro de 2010

"Ando devagar porque já tive pressa", de Almir Sáter, citado por @gondimricardo na @ultimato



Sou assinante da Ultimato (http://www.ultimato.com.br) há muito tempo, mas não me lembro de ter postado nada aqui sobre o que leio nessa revista.

Esse mês a revista está muito boa, como é de praxe.

Mas dessa vez eu decidi comentar aqui um artigo, escrito pelo sempre inquieto Ricardo Gondim.

Eu admiro muito esse pastor e articulista especialmente pela sua coragem de se expor, sem medo de ser considerado herético e sem medo de julgamentos ou retaliações.

Nesse artigo, Ricardo diz que quer se despojar de falsas onipotências, como por exemplo, imaginar que verdades e princípios o blindariam contra decepções e tristezas, superestimando a própria capacidade de anular contingências existenciais.

Como eu decidi que vou me esforçar ao máximo para aprender com os sábios que me precederam na caminhada cristã, e considerando que eu tenho a tendência a superestimar essa capacidade igualmente, tomei o artigo como conselho e mentoreio.

Sei que nesse aspecto, não há “super-homens”! Prefiro seguir sabendo que sou espiritualmente pobre (Mt.5:3)!

Ele continua citando Almir Sáter: “Ando devagar porque já tive pressa”...tomei isso também como conselho...não vou deixar que o relógio dos outros determinem a minha velocidade! E quem me conhece sabe de quanto isso é difícil pra mim.

Ele finaliza com essa frase: “...gratidão nasce de uma memória que não é soberba”. Quanto a essa frase, acho que não preciso dizer mais nada.

Recomento a leitura desse artigo; recomendo a leitura da revista!
22 de setembro de 2010

Espaços Amigáveis para crianças vítimas das enchentes!






Hoje eu fui visitar uma das unidades dos Espaços Amigáveis idealizados pela Visão Mundial para ajuda emergencial em prol das crianças atingidas pelas chuvas e enchentes no Litoral Norte de Pernambuco.

Parte dos recursos que estão sendo investidos nesses espaços amigáveis vem inclusive do "Show de Solidariedade" realizado em Recife-PE, com Jorge Vercilo.

Nesses espaços, a Visão Mundial não se preocupa apenas com a questão da alimentação, abrigo e outras necessidades das crianças atingidas pelas catástrofes.

A beleza do trabalho é fazer do limão uma limonada! É ajudar as crianças a tirarem lições; a serem resilientes; a enxergarem o caráter pedagógico de tudo que ocorre; a atravessarem a tempestade.

Esse trabalho é lindo e merece ser replicado.

Enquanto muita gente parou de ajudar...a mídia já esqueceu...a Visão Mundial está ali, preocupada com o futuro, pensando na sustentabilidade das ações...pensando em como os atores locais podem dar continuidade a essas abordagens!
Dias como o de hoje, onde vi tanta gente mobilizada para ações como esta, de cuidar das crianças de maneira integral, renovam a minha esperança e me dão força pra continuar a luta.
16 de setembro de 2010

O amor sempre faz tudo certo!






Quem acompanha o blog, já cansou de ler sobre o curso de contação de histórias que estou fazendo, realizado em parceria pelo Zumbaiar e pela Fundação Gilberto Freyre.
Lá eu fiquei sabendo desse livro do Gabriel, que ganhou o prêmio Jabuti de melhor livro infantil de 2006.


Estou boquiaberto com a beleza desse livro. Cheguei a chorar.
O livro fala de um menino que nasceu com um dedo a mais em uma das mãos. O nome dele era Rorbeto e não Roberto! Vou só transcrever esses parágrafos aí embaixo para que tenham noção da profundidade da mensagem:

"O tempo passou feito o rio, correndo, fazendo o Rorbeto crescer.
E um dia ele quis ensinar o seu pai, já velhinho, a ler e a escrever.
O pai, que nunca teve escola, gostou da ideia e pegou uma caneta;
Rorbeto lembrou-se, sorrindo, do dia em que fez sua primeira letra.

O pai do Rorbeto, que era analfabeto, agora deixava de ser.
E lembrou-se, sorrindo, do dia em que sua mulher deu à luz um bebê.
E sorrindo, falou para o filho: Eu errei o seu nome! Seria Roberto”.
Mas o filho falou: “Não errou, não senhor! O amor sempre faz tudo certo”.
15 de setembro de 2010

Não quero mais ser escravo do relógio!

Há algum tempo, participei de um curso chamado "LIDERA", produzido pelo Instituto Ação Empresarial pela Cidadania em parceria com o Instituto Fonte e com a ADIGO Consultores.
Lá, além de outras coisas, fui apresentado à antroposofia e à pedagogia social.
Decidi que iria fazer parte de um grupo de estudos para ver muita coisa e reter o que eu entendia como sendo "bom" e, como parte da metodologia que utilizamos, fui instado a ler alguns livretos que fazem parte do "Caderno de Pedagogia Social".
São quatro títulos: 1) Os caminhos para a formação do pedagogo social; 2) Nada a ver comigo?; 3) Comunidade e Comunhão; e 4) Uma revisão da economia. São leituras densas (para mim), mas que em parte me foram úteis.
Por exemplo, vejam esse trecho do primeiro título, que estava tratando de como lidar com perguntas, processos, relações etc...

"Uma visão clássica é a de um rupo que precisa resolver um problema em um determinado período de tempo. O coordenador que dá um “free for all” para os presentes até cinco minutos antes do término da reunião das forças vitais de alimentação. O coordenador que já começa a interromper os participantes nos primeiros cinco minutos da reunião e seleciona as contribuições, entre relevantes e não relevantes, lembra o horário, segura firme as rédeas, chega ao final da reunião com uma decisão sem veda e sem força, com a qual as pessoas se sentem pouco ligadas. Este coordenador deixou prevalecer as forças de morte e do pólo da forma. O processo foi sufocado no berço e não pôde florescer. O pedagogo Social pode contribuir com a saúde dos processos, reforçando, no momento certo, o pólo da alimentação ou o pólo da forma."
De cara, eu vi que tenho que amadurecer muito nessa minha jornada de autodesenvolvimento! É que eu vesti direitinho a carapuça desse coordenador objetivo demais, sempre em busca de não "perder tempo".
Uma vez, numa reunião com David Young, da Visão Mundial, ouvi ele dizer claramente que "processo" gera conhecimento. Não necessariamente ele precisa gerar algo produtivo como seu resultado, quando na verdade a caminhada no processo já gera o conhecimento, entendimento, envolvimento ou empoderamento, conforme for a iniciativa.
É hora de fazer de novo essa reflexão e não me deixar escravo do tempo, do relógio e deixar fluir os processos!
13 de setembro de 2010

Até as princesas soltam pum!


Até as princesas soltam pum!

Só pelo título essa história já me conquistou. O enredo então é fantástico...de uma criatividade ímpar.


Nesse caso, nem vou comentar muito pra não ser "estraga prazer" de quem depois for ler...

Além do mais, a sinopse é a seguinte: O Pai de Laura pegou o livro secreto das princesas e contou para a filha algo que ninguém sabia. Descubra esse segredo e não conte pra ninguém.

Assim, estou proibido de contar o segredo!

Eu já havia ouvido a história e ontem comprei e li o livro, escrito por Ilan Brenman.

Recomendo!
9 de setembro de 2010

"É isso que acontece quando a liberdade das outras esferas é negada em nome da fé.”



O Maurício Cunha (http://mauriciocunha.blogspot.com/) achou que, além de “Cosmovisão Cristã e Transformação”, eu deveria ler ”Fé Cristã e Cultura Conteporânea”, para ampliar meus conhecimentos acerca dessa questão toda de “esferas de soberania” etc. Ele até separou alguns capítulos, mas eu decidi ler o livro todo, e não me arrependi.

Tratando da questão do senhorio e da soberania de cristo em tudo, o livro traz a seguinte pérola:

“O pássaro livre não é o que cisma de nadar; é o que se sujeita à vontade de Deus para ele, inscrita em seu instinto e em suas asas. Para ser soberano sobre si mesmo ele precisa se submeter à soberania criacional de Deus. Só assim ele será verdadeiramente livre.”

Recentemente entrei na polêmica de um vídeo que rolava na internet. Certamente escrevi sobre a clara influência desse livro, que diz que os cristãos erram quando dizem que:

“...a arte só tem valor quando é usada para salvar almas; ou que a política só é importante quando podemos usá-la para facilitar a pregação do evangelho...não é a toa que muitos cristãos e incrédulos vêem o cristianismo como uma forma de opressão. É isso que acontece quando a liberdade das outras esferas é negada em nome da fé.”

É fato que a igreja erra quando tenta impor sua esfera de responsabilidade sobre outras esferas (constantinismo); por exemplo, a ação social tem a sua própria esfera de soberania; não tem que demonstrar eficácia evangelística.
Erra quando prioriza outra esfera que não é a sua (secularismo); nada pode tomar, na igreja, o lugar da pregação da fé! E erra quando se isola (fideísmo).

Mais adentro, falando sobre a vida e obra de Hans Rookmaaker, o livro trata de como a arte não precisa de justificativa. Embora a arte nunca esteja desconectada da realidade, não sendo “arte pela arte”, é importante que se respeite a esfera de soberania artística com suas peculiaridades e princípios soberanos.

Chegando perto do final, o livro trata da questão do narcisismo, inclusive no contexto brasileiro, alertando que:

“...Quanto mais perdemos nosso senso de conexão com a história, mais estamos presos à perspectiva narcisista. Isso acontece porque a história fornece as bases teóricas que demonstram que o mundo é maior do que eu.”

Eu acho que com essas citações, eu nem preciso dizer se gostei do livro e se o considero relevante.

Você liga para os rótulos que a sociedade lhe impõe?



Como alguns sabem, Paula e eu estamos participando de um Curso de Contãção de Histórias, promovido pela Fundação Gilberto Freyre e pelo Grupo Zumbaiar. Procurando uma boa história para contar nesse sábado 11/09/2010, Paula encontrou um livro que nosso filho mais velho ganhou de presente de aniversário.

"Você é Especial", de Max Lucado, é um livrinho muito bom! É feito para crianças na idade e crianças na alma!

A mensagem é clara: devemos buscar a Deus, nosso criador, pois assim saberemos o quanto Ele nos ama, do jeito que somos, e assim os rótulos que as pessoas nos dão passam a fazer menos sentido!

Eu recomendo mesmo!
8 de setembro de 2010

Discordo do Paschoal Piragine Jr!

Recebi de muitos amigos no Twitter, Facebook e via e-mail um vídeo do pastor da Primeira Igreja Batista de Curitiba, Paschoal Piragine Jr.

Desde então, me senti compelido a expor a minha posição.

Pedindo desde já desculpas aos companheiros de quem ouso discordar, quero dizer que esse exercício de debate é salutar, se for encarado com maturidade.

Se vc não viu o vídeo, poderá ver aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=ILwU5GhY9MI&feature=youtu.be

Uma boa reação, que recomendo muito a leitura é encontrada aqui: http://www.crerepensar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=192&Itemid=26

Se você ficou com preguiça de ler esse texto do “crerepensar”, com o qual concordo em gênero, número e grau, passo a dizer o seguinte:

Se a igreja acordasse para o seu compromisso de pregar a Palavra de Deus (Jesus) e testemunhar com sua vida, certamente não estaríamos nos preocupando tanto com o que diz esse vídeo.

Quando você não é gay, fica fácil defender leis que não sejam “iníquas” e achar que todas as leis devem espelhar o seu conceito de “moral e bons costumes”. Mas, e os gays, ficam sem direito a um direito de sucessões justo? Seus bens, com a morte, têm que ir para o Estado?

Como bem disse o José Barbosa Junior, “...a questão da união civil entre homossexuais não deve ser enxergada em pé de igualdade com a idéia de “casamento gay”. Particularmente, até entendo que lutar por esse direito para aqueles que são homossexuais parece muito mais com os ideais de JUSTIÇA do Reino, por mais “ofensivo” que possa parecer à nossa fé. É uma questão muito mais complexa e exige um debate demorado e honesto...”

A questão dos direitos civis estão dentro da “esfera de soberania” jurídica, que compete ao Estado regular com primazia (quem está lendo o blog, sabe do que estou falando)! A igreja não pode achar que as leis devem ser feitas apenas para os cristãos!

O argumento da “iniqüidade institucionalizada” é pobre por essa razão. O que é iniqüidade para você, não é necessariamente para todos os membros da sociedade.

Só porque o número de “protestantes” tem crescido e hoje, “ser crente” não gera mais perseguição, não quer dizer que o povo de Deus tenha que impor as suas “regras de fé e prática” de maneira literalmente legalista...expressa em lei!

Suscito apenas esse debate para que possamos aprofundar mais um pouco a conversa sobre o “nosso papel como igreja”!
30 de agosto de 2010

Desequilíbrio, superficialidade ou mediocridade.



Acabei agora de ler esse livro, aproveitando mais de 36 horas de vôo em uma semana! Por isso mesmo acho que vai ser um dos meus posts mais longos.

Meu interesse pelo assunto começou no início desse mês de agosto, quando tive a oportunidade de conversar com Maurício Cunha, um dos co-autores, sobre o equívoco de se entender que os mesmos princípios deveriam ser aplicados, com o mesmo esquema de prioridade e hierarquia, indistintamente, nas mais diversas áreas da vida.

Melhor explicando, conversávamos sobre como a igreja não pode querer que o Estado atue intervindo na sociedade com base nos princípios cristãos, em detrimento de outros princípios atinentes à esfera jurídica propriamente dita; sobre como a igreja não pode querer que os artistas, ainda que cristãos, abram mão dos princípios que regulam a esfera artística da vida, em nome de algum propósito religioso e por aí em diante.

Quando uma “esfera de soberania” submete ou se sobrepõe a outra, há desequilíbrio, superficialidade ou mediocridade.

Maurício, muito atencioso, me presenteou com um exemplar desse livro, que embora seja muito denso e de linha acadêmica (o que foge das minhas preferências naturais), me foi muitíssimo útil para esclarecer e sistematizar meus pensamentos sobre esse assunto, que é tão importante para quem deseja ser protagonista de uma atuação cristã intencional competente, profunda, equilibrada e profética. (dá pra notar que não é fácil e nem simples).

Essa reflexão é muito importante para a correta aplicação da cosmovisão cristã e o seu poder transformador em uma sociedade (nossa missão!).

Destaco do livro algumas passagens, como a que percebe que há algo errado com a administração das esferas de soberania quando uma igreja passa a ter como função principal a arrecadação de fundos.

Outra parte interessante é quando o livro fala de que cabe ao Estado estabelecer as relações jurídicas, de maneira que, dentro da sua esfera, não pode ser considerado pecaminoso, ou contra o amor cristão, o ato de punição verificado na legislação.

O grande lance de saber utilizar os princípios e prioridades é entender que a soberania de uma esfera (área) consiste justamente no direito que essa esfera tem de se desenvolver de um modo próprio. Com esse entendimento, aplicamos, por exemplo, que a arte cristã deve buscar prioritariamente estética, excelência etc. É uma pena que vejamos arte cristã pobre e medíocre pela utilização de outros princípios...

Assim, fazendo uma diferenciação entre uma esfera de soberania e uma estrutura, temos que o Estado pode regular uma estrutura, uma instituição, um objeto, etc, mas nunca poderia regular as leis e princípios próprios de uma esfera. Por exemplo, a igreja não tem direito jurídico de cobrar o compromisso dos seus membros, embora possa regular a existência da estrutura institucionalizada de uma igreja.

O livro cita René Padilla dizendo que a igreja e o Estado têm diferentes esferas de autoridade, embora todas as áreas e esferas estejam sobre a soberania de Jesus Cristo.

Aliás, esse tema é todo permeado pela seguinte frase de Abraham Kuyper: “Não há um só centímetro, em todos os domínios da vida humana, sobre o qual Cristo, o Senhor de todos, não clame: ‘É meu!’”
25 de agosto de 2010

Cristianismo, justiça e protagonismo.

Tive a oportunidade de participar do Concílio Trianual que a Visão mundial promoveu essa semana em Kuala Lampur, Malásia.

Ali aprendi muita coisa e, mais importante ainda, conheci muitas pessoas cujos testemunhos e cujas mensagens mudaram minha forma de pensar em várias áreas. Uma das pessoas que conheci foi o Tim Dearborn, que escreveu o livreto "Reflections on Advocacy and Justice".

Numa sentada eu li o belo texto, que fala sobre o movimento profético de defesa da justiça, especialmente no contexto de organizações não governamentais cristãs.

Dentre muitos textos bíblicos citados nessa obra, eu destaco a recomendação do Concílio de Jerusalém (Gálatas 2:10), onde os judeus, liderados por Tiago e Pedro, especificaram que Paulo deveria lembrar-se dos pobres.

Uma excelente reflexão foi no sentido de que há uma sempre existente ameaça de que os cristãos (pessoas e organizações), por serem parceiros de governos ou outras pessoas ricas ou poderosas, justamente para terem condição de ajudar o pobre, deixem de apontar as injustiças e incoerências desses parceiros.

Não se pode ser "non-profit" e "non-prophet". Temos que manter uma intencional vontade de denunciar as injustiças desse mundo, ainda que isso seja feito de maneira propositiva.

Há ainda algo do livro que quero destacar, que é uma reflexão sobre o livro de Ester, no sentido de que Mordecai e ester souberam fazer "advocacy" com competência, devoção, apesar dos riscos.

Os cristãos precisam se posicionar contra as injustiças. Quem não faz isso colabora com a injustiça. Termino com a frase:

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." Martin Luther King
19 de agosto de 2010

Perdidos nas esquinas do academicismo, ou do politicamente correto!

Acabei de ler um texto (que será livro) de Márcio Duran. Não postei a capa porque ainda é um manuscrito inacabado que ele gentilmente me enviou para leitura.
De cara eu já me identifiquei com o estilo objetivo do texto. O próprio autor diz o seguinte:

“Na verdade, meus textos são curtos por conta de uma superficialidade da qual não consigo me livrar. Tento escrever mais, mas o que é dito é direto demais, não tem rodeio. Até para se construir uma fábula é difícil alongar. Mas a mensagem do Rei também era direta (...) O escritor de Eclesiastes afirmava que tudo era vaidade e correr atrás do vento. Então eu escrevo direto, para não me perder nas esquinas das bobagens.”

Quando eu respondi a ele sobre o que achei do texto, disse-lhe o seguinte:

“Eu penso da mesma forma. Muita coisa boa não é conhecida da igreja, pois fica escondida em textos enormes, perdidos nas esquinas das bobagens, do academicismo, ou do politicamente correto.”

Esse texto se inicia com uma fábula denominada “Pobres e Ricos” fantástica, que mostra como se desenvolveu a economia e suas conseqüências sociais ao longo da história, sempre trazendo o leitor para a realidade atual.
Depois, discorre sobre o que a Bíblia trata em relação ao assunto.
A reflexão no final me levou a pensar, mas eu prefiro postar aqui as palavras do próprio autor:

“Uma vez livres, agiremos. Organizados, empoderados e cheios de paz, justiça e alegria no Espírito Santo. Em favor dos que sofrem, em defesa dos órfãos e das viúvas, contra qualquer tipo de exploração. Contra o mal, o verdadeiro mal.”

Amém.
17 de agosto de 2010

Tudo se faz novo, inclusive a nossa necessidade de ser, saber e experimentar.



Acabei de ler esse Romance. Pois é, mais um romance. Nesse caso, a Autora decidiu escrever sobre alguns coadjuvantes, alertando desde já que se trata de ficção histórica, tentando permanecer fiel à mensagem das escrituras. Esse livro romanceia a história de Arão, irmão de Moisés e de Miriã.

Eu poderia enumerar várias passagens do livro em que me emocionei de verdade, pois essa narrativa nos lembra o tempo todo como somos pecadores, parecidos com aquele povo israelita cabeça dura, apesar de tudo o que DEUS é!

Lendo esse livro percebi que não adianta a gente ter tido uma grande experiência com Deus no passado. A gente tem que buscar ter sempre novas experiências de forma a manter nossa fé viva e nossa memória acesa aos feitos de Deus.

O mesmo Arão que viu todos os sinais no Egito e no deserto foi quem vacilou na idolatria, orgulho e falta de fé!

Não adianta simplesmente "saber" ou "ser"...o tempo faz a gente "deixar de ser" e "esquecer" facilmente as coisas, os sentimentos, a história etc...

Na caminhada o passado ficou pra trás...tu se fez novo! Isso vale para as coisas ruins (pecados etc) e para as coisas boas. Cada dia tudo é novo, inclusive a nossa necessidade de "ser" e "saber" e "experimentar" pra ver que o Senhor é bom!

Tudo se faz novo, inclusive a necessidade de ser, saber e experimentar.



Acabei de ler esse Romance. Pois é, mais um romance. Nesse caso, a Autora decidiu escrever sobre alguns coadjuvantes, alertando desde já que se trata de ficção histórica, tentando permanecer fiel à mensagem das escrituras. Esse livro romanceia a história de Arão, irmão de Moisés e de Miriã.

Eu poderia enumerar várias passagens do livro em que me emocionei de verdade, pois essa narrativa nos lembra o tempo todo como somos pecadores, parecidos com aquele povo israelita cabeça dura, apesar de tudo o que DEUS é!

Lendo esse livro percebi que não adianta a gente ter tido uma grande experiência com Deus. A gente tem que buscar ter sempre novas experiências de forma a manter nossa fé vacilante viva e nossa memória acesa aos feitos de Deus.

O mesmo Arão que viu todos os sinais no Egito e no deserto foi quem vacilou na idolatria e falta de fé!

Nem adianta simplesmente "saber" ou "ser"...o tempo faz a gente "deixar de ser" e "esquecer" facilmente as coisas, os sentimentos, a história etc...

Na caminhada o passado ficou pra trás...tu se fez novo! Isso vale pras coisas ruins (pecados etc) e pras coisas boas. Cada dia tudo é novo, inclusive a nossa necessidade de "ser" e "saber" e "experimentar" pra ver que o Senhor é bom!
3 de agosto de 2010

Acabei de adquirir um "Banco de Sons Onomatopaicos"! rsrsrsrs



Uma amiga contadora de histórias me indicou esse livro, sobre o uso de sons na contação! A primeira parte é bem técnica, sobre as ondas sonoras, partes do ouvido, audição, frequência etc...mas a segunda parte do livro é uma onda! Tem dicas para um narrador, jogos sonoros, curiosidades e um banco de sons onomatopaicos! Pra quem gosta de contar histórias pra crianças, vale a pena ler!

Colocando em uso o que aprendi na leirura agora, por exemplo, eu vos diria que eu fui surpreendido "wow" com um convite para amanhã ir na sala do meu filho mais novo, Caio, como parte das comemorações do dia dos pais, para cantar com as crianças. Assim, eu me sentarei (bleff) no chão com meu violão que faz "blein blein" e cantaremos muitas músicas, como a do cão que faz "au au"!!!

Agora escrevendo sem tantas onomatopéias (rsrsrs), na quinta será a vez de visitar a sala do meu filho mais velho, Ivanzão, para contar uma história! Vai ser demais! Uhuuuu!
30 de julho de 2010

Salema me ensinou que cristãos sofrem e choram, mas são consolados.



Em outro post eu disse que esta motivado a ler romances. Pois é...encontrei um, muito legal, que é "O Livro de Salema".

Eu adorei o livro, mas confesso que durante a leitura eu pensei que Paula iria gostar ainda mais.

Além de uma história boa, o livro proporciona (como pano de fundo) que o leitor se lembre de que DEUS também age de forma sobrenatural (ainda hoje).

Ainda, o leitor que estiver reclamando de barriga cheia, porque não tem isso ou aquilo outro, leva uma tapa com luva de veludo, pois o livro mostra que cristãos sofrem, choram, mas possuem um conforto e um propósito eternos. Dor alguma ou perda alguma podem se sobrepor à grandiosa e amorosa presença de DEUS.
22 de julho de 2010

"Comum" vivia da "Terra do Familiar" e ia pro seu "Trabalho Usual"



Animado com a leitura do livro "A ressurreição de Cristo", fui na livraria e comprei três romances. (fiquei impressionado com a pouca quantidade de oferta de romances cristãos)

O primeiro que acabei de ler é esse livro "O Doador de Sonhos" de Bruce Wilkinson (o mesmo autor daquele livro "A oração de Jabez").

Me decepcionei de início porque pensava que era um romance mesmo...uma história de verdade...e não é! o Autor tentou dar uma de Bunyan e imitou "O Peregrino", contando a história de um homem que se chamava Comum e vivia da Terra do Familiar e ia pro seu Trabalho Usual...deu pra pegar esse estilo de parábola?

Mas a segunda parte do livro mostra o Autor aplicando os ensinamentos contidos na parábola, escrito como se o Autor estivesse conversando com o leitor numa sala de aconselhamento, e isso foi interessante.

Ele trata de perguntas como: "Moisés recebeu seu chamado/sonho através de uma sarça ardente...e eu com 30 anos, que não vivi essa experiência, como posso ter certeza do meu chamado/sonho?" ou "Como convencer meus pais ou esposa da importância do meu sonho/chamado quando eles se opõem?".

Eu penso que todos nós passamos por essas fases, com as mesmas perguntas.
19 de julho de 2010

"O contador de histórias, como um mágico, faz aparecer o inexistente, e nos convence que aquilo existe."



Ainda por conta do curso de contação de histórias, li esse livro, da Cléo Busatto, que é muito bom para iniciantes, como eu.

Resolvi transcrever a introdução dele, que é muito interessante:


O manifesto do contador de histórias

O contador de histórias cria imagens no ar materializando o verbo e transformando-se ele próprio nesta matéria fluída que é a palavra.
O contador de histórias empresta seu corpo, sua voz e seus afetos ao texto que ele narra, e o texto deixa de ser signo para se tornar significado.
O contador de histórias nos faz sonhar por que ele consegue parar o tempo nos apresentando um outro tempo.
O contador de histórias, como um mágico, faz aparecer o inexistente, e nos convence que aquilo existe.
O contador de histórias atua muito próximo da essência, e essência vem a ser tudo aquilo que não se aprende, aquilo que é por si só.
Contar histórias é uma arte, uma arte rara, pois sua matéria-prima é o imaterial, e o contador de histórias um artista que tece os fios invisíveis desta teia que é o contar.
A arte de contar histórias traz o contorno, a forma. Reatualiza a memória e nos conecta com algo que se perdeu nas brumas do tempo.
A arte de contar histórias nos liga ao indizível e traz resposta às nossas inquietações.
Contar histórias é uma arte por que traz significações ao propor um diálogo entre as diferentes dimensões do ser.
Contar histórias expressa e corporifica o simbólico, tornando-se a mais pura expressão do ser.
14 de julho de 2010

...a primeira coisa que faria seria parar. Depois, pensar e, finalmente, agir.


Paula e eu decidimos fazer juntos um curso de contação de histórias. Essa decisão foi tomada porque gostamos de ouvir e contar histórias um para o outro e para os nossos filhos; porque eu vivo de contar histórias; porque o curso em si mesmo seria uma boa ferramenta de autodesenvolvimento; e porque era algo que poderíamos fazer juntos, como casal.

Dura nove meses e é realizado pela Fundação Gilberto Freire/Grupo Zumbaiar. Estamos no quinto mês e adorando.

Como "prazer de casa", a gente tem que ler algumas coisas e entre elas eu peguei pra ler esse livro do Ilan Brenman, que contêm vários contos africanos, asiáticos etc. Me deparei com essa lenda, que transcrevo para vocês.

O Imperador e a águia
(lenda asiática)


Há mais de 800 anos, existiu um grande Imperador chamado Gêngis Khan. Seu poder e inteligência eram conhecidos por muitos que viviam naquela época; seus territórios estendiam-se por centenas de quilômetros.

Quando não estavam guerreando, o Imperador adorava ficar no seu suntuoso castelo. Seu passatempo preferido era caçar com sua águia, um animal muito bonito, pelo qual tinha uma grande afeição.

Certa manhã de verão, o Imperador decidiu que queria caçar; convocou os amigos, os escravos e, apenas com um assobio, chamou sua águia. Ela logo posou em seu braço.

Quando se encaminhavam ao campo da caçada, o Imperador movimentou lentamente o braço. A águia reagiu imediatamente levantando vôo; planou por alguns instantes no ar e, como uma flecha, deu um rasante em direção ao chão. Um pequenino coelho tinha sido capturado.

Gêngis Khan ficou o dia todo caçando. No final da tarde, decidiu que queria voltar sozinho para o seu castelo; gostaria de refletir um pouco sobre sua vida, sua família e sobre a próxima guerra. Dispensou os amigos, os escravos. A águia, como lendo o seu pensamento, levantou vôo e foi embora.

O Imperador andava devagar; refletia sobre diversos assuntos. Depois de uma hora caminhando, percebeu que havia esquecido o cantil com água. E sem água, naquele verão era morte na certa.

O grande soberano conhecia, como a palma de sua mão, a região em que estava. Procurou rios, secos. Procurou lagos, secos. Desesperado começou a correr. Avistou uma rocha da qual deslizava um líquido; só podia ser água.

Morrendo de sede, pegou seu copo, aproximou-se da rocha e esperou que ele enchesse. A água caía gota a gota.

Quando o copo estava praticamente cheio, trouxe à sua boca. De repente, sua águia apareceu do nada, e com muita rapidez derrubou o copo no chão.

Gêngis Khan não estava compreendendo o que a sua águia estava fazendo: dava voltas no céu, gritando sem parar.

Ele recolheu seu copo, aproximou-se novamente da rocha e, depois de um bom tempo conseguiu enchê-lo novamente. E, pela segunda vez, a águia apareceu e derrubou o copo.

Gêngis Khan ficou furioso, olhou pro céu e gritou:

–Da próxima vez, eu a mato, juro!

O Imperador tomado pelo ódio, recolheu o copo com uma das mãos; com a outra, segurou o punhal. Aproximou-se da rocha. Poucas gotas caíram agora; conseguiu enchê-lo apenas pela metade. E, pela terceira vez, a águia deu um rasante e, mais veloz que uma flecha, derrubou novamente o copo. Mas desta vez, tão rápida quanto a ave, a mão do Imperador conseguiu agarrá-la no ar, apertando seu pescoço. Sem pensar duas vezes, cravou seu punhal no peito do animal.

Gêngis Khan jogou a águia no chão. Do coração do animal, o sangue jorrava sem parar.

– Eu avisei! Eu avisei! – Gritava o Imperador.

A sede que estava insuportável fez o Imperador voltar-se para a rocha. Nenhuma gota mais caía. Ele, então, teve uma idéia: talvez a água viesse do topo.

Escalou a rocha, chegou ao topo e viu que tinha razão. Havia uma poça de água muito cristalina lá em cima. Ao olhar atentamente para o fundo da poça, Gêngis Khan viu, espantado, uma cobra venenosa morta; seu veneno mortal escorria rocha abaixo.

Uma tristeza gigantesca apoderou-se da alma de Gêngis Khan. Ele tinha acabado de matar seu querido animal, e esse animal tinha acabado de salvar a sua vida.

Com os olhos cheios de lágrimas, o Imperador desceu a rocha, enterrou sua águia e tirou uma conclusão de todo esse acontecimento: toda vez que ele tivesse novamente raiva na vida, a primeira coisa que faria seria parar. Depois, pensar e, finalmente, agir.