28 de setembro de 2010

Preciso de ajuda do alto e não de auto-ajuda!


Acabei de ler esse livro que o autor graciosamente me presenteou.

Não me surpreendi de ter gostado do livro porque Márcio Duran tem uma qualidade que eu valorizo muito, que é a objetividade e a linguagem simples, sem muitos rodeios.

Nesse livro, ele vai direto ao ponto exortando-nos de que precisamos adotar um estilo de vida mais simples, se quisermos ser verdadeiros seguidores de Jesus.

Há abordagem histórica dessa teologia, há relatos de importantes ajuntamentos de líderes/referência, há outro montão de informações no livro, muito interessantes.

Mas o que mais me chamou a atenção é resumido no seguinte parágrafo:

“Quando consideramos os outros como maiores do que nós mesmos (e aqui os “reis” da auto-ajuda ficarão em polvorosa), quando temos uma visão de compaixão pelos erros alheios, falamos menos e amamos mais”.

Se eu amo mais e considero as pessoas como maiores do que eu...pra quê impressionar? Pra quê ser “sofisticado?” Se eu já sou o menor mesmo...posso parecer menor e não vai fazer diferença...

Eu não quero e nem o autor do livro quis levantar polêmicas, só pela polêmica, mas eu achei muito relevante a preocupação de sermos mais simples, na medida de sermos mais verdadeiros e mais parecidos com Jesus.
27 de setembro de 2010

"A gente só ama o que conhece" (Dom Helder)



No domingo então, Deus resolveu me chacoalhar de vez!

Mamãe havia sido convidada para dar uma palestra sobre Responsabilidade Social durante essa Jornada promovida pela Associação Novo Rumo. http://associacaonovorumo.wordpress.com/

Como meu avô está na UTI, ela pediu que Paula e eu fizéssemos essa palestra e nós fomos, mas não sabíamos que DEUS tinha planejado aquilo pra gente. Na verdade, nós fomos apenas para ajudar mamãe.

Lá chegando fomos impactados com a qualidade do trabalho dessa organização, com a necessidade de apoio e fortalecimento de iniciativas como essa.

As crianças especiais apresentaram um número de capoeira...mostraram um vídeo contendo as atividades com animais (coêlhos, jabutis e cães), música etc...com muito voluntariado e muita alegria.

Aprendi que Dom Helder falou: a gente só ama o que conhece. Eu ontem conheci esse belo trabalho e me apaixonei.Só DEUS sabe os frutos que essa paixão vai fazer brotar!

Ainda bem que dessa vez eu falei antes de ver qualquer dessas coisas, senão certamente eu não falaria coisa com coisa....rsrsrsrs

Não ficaremos detidos no lamento!

Mesmo com meu avô na UTI, e mesmo com a garganta inflamada, tive um belo fim de semana de crescimento.

No sábado, eu tive a oportunidade de participar de um evento produzido pela juventude da minha igreja. Ali, ouvi um testemunho de um jovem que me impactou muito, pois me fez pensar que DEUS de fato cuida da gente, mesmo que não consigamos enxergar isso no momento.

Nossa história tem muitas idas e vindas e tudo contribui conjuntamente para que sejamos hoje do jeito que somos.

Isso não significa que deixaremos de sofrer, por saber que DEUS está no controle, mas significa que não ficaremos presos ao sofrimento; não ficaremos detidos no lamento; não ficaremos a resmungar eternamente etc etc...

Quando chegou a vez de eu dar a minha palestra, ao invés de falar o que eu tinha preparado somente, eu só ficava me lembrando de como Deus trabalha nas nossas vidas, apesar de as vezes ficarmos cegos para esse intenso labor. (eu devo ter repetido isso algumas vezes)

Acabou que nem sei se falei coisa com coisa...rsrsrsrs
24 de setembro de 2010

Marina, a vida por uma causa. Me encantou. Que bela história!



Eu já havia decidido votar em Marina Silva, há muito tempo.

Porém, comecei a leitura desse livro, motivado por um comentário de Miguel Uchôa, que havia recomendado publicamente.

Quero dizer que o livro está muito bem escrito, olhando para o passado mas sempre contemplando o presente, com muita honestidade.

Virei fã dessa mulher. Sua vida me inspira nesse momento a sempre refletir... permanecerei perseguindo meus objetivos e sonhos, sem esquecer de parar para refletir o momento e o que DEUS me mostra de tempos em tempos.

O estilo de liderança dela é para mim também um grande exemplo. Difícil de eu conseguir seguir, pelo fato de termos personalidade muito diferente, mas é digno de que eu admire e tente, ao máximo, me aproximar.

Oremos para que DEUS levante mais e mais pessoas como ela!
23 de setembro de 2010

"Ando devagar porque já tive pressa", de Almir Sáter, citado por @gondimricardo na @ultimato



Sou assinante da Ultimato (http://www.ultimato.com.br) há muito tempo, mas não me lembro de ter postado nada aqui sobre o que leio nessa revista.

Esse mês a revista está muito boa, como é de praxe.

Mas dessa vez eu decidi comentar aqui um artigo, escrito pelo sempre inquieto Ricardo Gondim.

Eu admiro muito esse pastor e articulista especialmente pela sua coragem de se expor, sem medo de ser considerado herético e sem medo de julgamentos ou retaliações.

Nesse artigo, Ricardo diz que quer se despojar de falsas onipotências, como por exemplo, imaginar que verdades e princípios o blindariam contra decepções e tristezas, superestimando a própria capacidade de anular contingências existenciais.

Como eu decidi que vou me esforçar ao máximo para aprender com os sábios que me precederam na caminhada cristã, e considerando que eu tenho a tendência a superestimar essa capacidade igualmente, tomei o artigo como conselho e mentoreio.

Sei que nesse aspecto, não há “super-homens”! Prefiro seguir sabendo que sou espiritualmente pobre (Mt.5:3)!

Ele continua citando Almir Sáter: “Ando devagar porque já tive pressa”...tomei isso também como conselho...não vou deixar que o relógio dos outros determinem a minha velocidade! E quem me conhece sabe de quanto isso é difícil pra mim.

Ele finaliza com essa frase: “...gratidão nasce de uma memória que não é soberba”. Quanto a essa frase, acho que não preciso dizer mais nada.

Recomento a leitura desse artigo; recomendo a leitura da revista!
22 de setembro de 2010

Espaços Amigáveis para crianças vítimas das enchentes!






Hoje eu fui visitar uma das unidades dos Espaços Amigáveis idealizados pela Visão Mundial para ajuda emergencial em prol das crianças atingidas pelas chuvas e enchentes no Litoral Norte de Pernambuco.

Parte dos recursos que estão sendo investidos nesses espaços amigáveis vem inclusive do "Show de Solidariedade" realizado em Recife-PE, com Jorge Vercilo.

Nesses espaços, a Visão Mundial não se preocupa apenas com a questão da alimentação, abrigo e outras necessidades das crianças atingidas pelas catástrofes.

A beleza do trabalho é fazer do limão uma limonada! É ajudar as crianças a tirarem lições; a serem resilientes; a enxergarem o caráter pedagógico de tudo que ocorre; a atravessarem a tempestade.

Esse trabalho é lindo e merece ser replicado.

Enquanto muita gente parou de ajudar...a mídia já esqueceu...a Visão Mundial está ali, preocupada com o futuro, pensando na sustentabilidade das ações...pensando em como os atores locais podem dar continuidade a essas abordagens!
Dias como o de hoje, onde vi tanta gente mobilizada para ações como esta, de cuidar das crianças de maneira integral, renovam a minha esperança e me dão força pra continuar a luta.
16 de setembro de 2010

O amor sempre faz tudo certo!






Quem acompanha o blog, já cansou de ler sobre o curso de contação de histórias que estou fazendo, realizado em parceria pelo Zumbaiar e pela Fundação Gilberto Freyre.
Lá eu fiquei sabendo desse livro do Gabriel, que ganhou o prêmio Jabuti de melhor livro infantil de 2006.


Estou boquiaberto com a beleza desse livro. Cheguei a chorar.
O livro fala de um menino que nasceu com um dedo a mais em uma das mãos. O nome dele era Rorbeto e não Roberto! Vou só transcrever esses parágrafos aí embaixo para que tenham noção da profundidade da mensagem:

"O tempo passou feito o rio, correndo, fazendo o Rorbeto crescer.
E um dia ele quis ensinar o seu pai, já velhinho, a ler e a escrever.
O pai, que nunca teve escola, gostou da ideia e pegou uma caneta;
Rorbeto lembrou-se, sorrindo, do dia em que fez sua primeira letra.

O pai do Rorbeto, que era analfabeto, agora deixava de ser.
E lembrou-se, sorrindo, do dia em que sua mulher deu à luz um bebê.
E sorrindo, falou para o filho: Eu errei o seu nome! Seria Roberto”.
Mas o filho falou: “Não errou, não senhor! O amor sempre faz tudo certo”.
15 de setembro de 2010

Não quero mais ser escravo do relógio!

Há algum tempo, participei de um curso chamado "LIDERA", produzido pelo Instituto Ação Empresarial pela Cidadania em parceria com o Instituto Fonte e com a ADIGO Consultores.
Lá, além de outras coisas, fui apresentado à antroposofia e à pedagogia social.
Decidi que iria fazer parte de um grupo de estudos para ver muita coisa e reter o que eu entendia como sendo "bom" e, como parte da metodologia que utilizamos, fui instado a ler alguns livretos que fazem parte do "Caderno de Pedagogia Social".
São quatro títulos: 1) Os caminhos para a formação do pedagogo social; 2) Nada a ver comigo?; 3) Comunidade e Comunhão; e 4) Uma revisão da economia. São leituras densas (para mim), mas que em parte me foram úteis.
Por exemplo, vejam esse trecho do primeiro título, que estava tratando de como lidar com perguntas, processos, relações etc...

"Uma visão clássica é a de um rupo que precisa resolver um problema em um determinado período de tempo. O coordenador que dá um “free for all” para os presentes até cinco minutos antes do término da reunião das forças vitais de alimentação. O coordenador que já começa a interromper os participantes nos primeiros cinco minutos da reunião e seleciona as contribuições, entre relevantes e não relevantes, lembra o horário, segura firme as rédeas, chega ao final da reunião com uma decisão sem veda e sem força, com a qual as pessoas se sentem pouco ligadas. Este coordenador deixou prevalecer as forças de morte e do pólo da forma. O processo foi sufocado no berço e não pôde florescer. O pedagogo Social pode contribuir com a saúde dos processos, reforçando, no momento certo, o pólo da alimentação ou o pólo da forma."
De cara, eu vi que tenho que amadurecer muito nessa minha jornada de autodesenvolvimento! É que eu vesti direitinho a carapuça desse coordenador objetivo demais, sempre em busca de não "perder tempo".
Uma vez, numa reunião com David Young, da Visão Mundial, ouvi ele dizer claramente que "processo" gera conhecimento. Não necessariamente ele precisa gerar algo produtivo como seu resultado, quando na verdade a caminhada no processo já gera o conhecimento, entendimento, envolvimento ou empoderamento, conforme for a iniciativa.
É hora de fazer de novo essa reflexão e não me deixar escravo do tempo, do relógio e deixar fluir os processos!
13 de setembro de 2010

Até as princesas soltam pum!


Até as princesas soltam pum!

Só pelo título essa história já me conquistou. O enredo então é fantástico...de uma criatividade ímpar.


Nesse caso, nem vou comentar muito pra não ser "estraga prazer" de quem depois for ler...

Além do mais, a sinopse é a seguinte: O Pai de Laura pegou o livro secreto das princesas e contou para a filha algo que ninguém sabia. Descubra esse segredo e não conte pra ninguém.

Assim, estou proibido de contar o segredo!

Eu já havia ouvido a história e ontem comprei e li o livro, escrito por Ilan Brenman.

Recomendo!
9 de setembro de 2010

"É isso que acontece quando a liberdade das outras esferas é negada em nome da fé.”



O Maurício Cunha (http://mauriciocunha.blogspot.com/) achou que, além de “Cosmovisão Cristã e Transformação”, eu deveria ler ”Fé Cristã e Cultura Conteporânea”, para ampliar meus conhecimentos acerca dessa questão toda de “esferas de soberania” etc. Ele até separou alguns capítulos, mas eu decidi ler o livro todo, e não me arrependi.

Tratando da questão do senhorio e da soberania de cristo em tudo, o livro traz a seguinte pérola:

“O pássaro livre não é o que cisma de nadar; é o que se sujeita à vontade de Deus para ele, inscrita em seu instinto e em suas asas. Para ser soberano sobre si mesmo ele precisa se submeter à soberania criacional de Deus. Só assim ele será verdadeiramente livre.”

Recentemente entrei na polêmica de um vídeo que rolava na internet. Certamente escrevi sobre a clara influência desse livro, que diz que os cristãos erram quando dizem que:

“...a arte só tem valor quando é usada para salvar almas; ou que a política só é importante quando podemos usá-la para facilitar a pregação do evangelho...não é a toa que muitos cristãos e incrédulos vêem o cristianismo como uma forma de opressão. É isso que acontece quando a liberdade das outras esferas é negada em nome da fé.”

É fato que a igreja erra quando tenta impor sua esfera de responsabilidade sobre outras esferas (constantinismo); por exemplo, a ação social tem a sua própria esfera de soberania; não tem que demonstrar eficácia evangelística.
Erra quando prioriza outra esfera que não é a sua (secularismo); nada pode tomar, na igreja, o lugar da pregação da fé! E erra quando se isola (fideísmo).

Mais adentro, falando sobre a vida e obra de Hans Rookmaaker, o livro trata de como a arte não precisa de justificativa. Embora a arte nunca esteja desconectada da realidade, não sendo “arte pela arte”, é importante que se respeite a esfera de soberania artística com suas peculiaridades e princípios soberanos.

Chegando perto do final, o livro trata da questão do narcisismo, inclusive no contexto brasileiro, alertando que:

“...Quanto mais perdemos nosso senso de conexão com a história, mais estamos presos à perspectiva narcisista. Isso acontece porque a história fornece as bases teóricas que demonstram que o mundo é maior do que eu.”

Eu acho que com essas citações, eu nem preciso dizer se gostei do livro e se o considero relevante.

Você liga para os rótulos que a sociedade lhe impõe?



Como alguns sabem, Paula e eu estamos participando de um Curso de Contãção de Histórias, promovido pela Fundação Gilberto Freyre e pelo Grupo Zumbaiar. Procurando uma boa história para contar nesse sábado 11/09/2010, Paula encontrou um livro que nosso filho mais velho ganhou de presente de aniversário.

"Você é Especial", de Max Lucado, é um livrinho muito bom! É feito para crianças na idade e crianças na alma!

A mensagem é clara: devemos buscar a Deus, nosso criador, pois assim saberemos o quanto Ele nos ama, do jeito que somos, e assim os rótulos que as pessoas nos dão passam a fazer menos sentido!

Eu recomendo mesmo!
8 de setembro de 2010

Discordo do Paschoal Piragine Jr!

Recebi de muitos amigos no Twitter, Facebook e via e-mail um vídeo do pastor da Primeira Igreja Batista de Curitiba, Paschoal Piragine Jr.

Desde então, me senti compelido a expor a minha posição.

Pedindo desde já desculpas aos companheiros de quem ouso discordar, quero dizer que esse exercício de debate é salutar, se for encarado com maturidade.

Se vc não viu o vídeo, poderá ver aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=ILwU5GhY9MI&feature=youtu.be

Uma boa reação, que recomendo muito a leitura é encontrada aqui: http://www.crerepensar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=192&Itemid=26

Se você ficou com preguiça de ler esse texto do “crerepensar”, com o qual concordo em gênero, número e grau, passo a dizer o seguinte:

Se a igreja acordasse para o seu compromisso de pregar a Palavra de Deus (Jesus) e testemunhar com sua vida, certamente não estaríamos nos preocupando tanto com o que diz esse vídeo.

Quando você não é gay, fica fácil defender leis que não sejam “iníquas” e achar que todas as leis devem espelhar o seu conceito de “moral e bons costumes”. Mas, e os gays, ficam sem direito a um direito de sucessões justo? Seus bens, com a morte, têm que ir para o Estado?

Como bem disse o José Barbosa Junior, “...a questão da união civil entre homossexuais não deve ser enxergada em pé de igualdade com a idéia de “casamento gay”. Particularmente, até entendo que lutar por esse direito para aqueles que são homossexuais parece muito mais com os ideais de JUSTIÇA do Reino, por mais “ofensivo” que possa parecer à nossa fé. É uma questão muito mais complexa e exige um debate demorado e honesto...”

A questão dos direitos civis estão dentro da “esfera de soberania” jurídica, que compete ao Estado regular com primazia (quem está lendo o blog, sabe do que estou falando)! A igreja não pode achar que as leis devem ser feitas apenas para os cristãos!

O argumento da “iniqüidade institucionalizada” é pobre por essa razão. O que é iniqüidade para você, não é necessariamente para todos os membros da sociedade.

Só porque o número de “protestantes” tem crescido e hoje, “ser crente” não gera mais perseguição, não quer dizer que o povo de Deus tenha que impor as suas “regras de fé e prática” de maneira literalmente legalista...expressa em lei!

Suscito apenas esse debate para que possamos aprofundar mais um pouco a conversa sobre o “nosso papel como igreja”!