20 de julho de 2009

Desventuras da Vida Cristã - Raiva

Continuando a reler alguns livros que já estão na minha biblioteca, essa foi a vez do livro cujo título é o mesmo desse post, de Philip Yancey e Tim Stafford. Realmente vale a pena ler de novo algumas coisas. É que eu li esse livro já faz algum tempo, e eu tinha outra mentalidade e entendimento do Evangelho.

O livro é bom (avaliação ao lado), mas é, por incrível que pareça, tratando-se P.Yancey, superficial. Acho que os autores não se propuseram a aprofundar os assuntos, mas apenas iniciar debates.

Há um capítulo que fala da "raiva". A vontade que eu tive ao reler foi escrever mais umas dez páginas sobre o assunto, porque acho que essa questão não é tão simples como o livro parece acreditar.

O livro diz que diante de momentos onde a raiva nos toma, temos mais ou menos três opções: 1) explodir, descontar em alguém, reagir com o impulso; 2) não transparecer, deixar a raiva para o interior e agir como se não estivéssemos em erupção por dentro; e 3) ser criativo e encontrar saídas sábias ou bem humoradas para não explodir e ao mesmo tempo não guardar a raiva. Obviamente, eles indicam sempre a terceira opção.

Sinceramente, na prática, eu não vejo como isso funciona. Eu já explodi muitas vezes, mas normalmente eu sou o tipo de pessoa que guardo a raiva e arrogantemente demonstro que "o que vem de baixo não me atinge".

Isso me poupa de confusões, brigas, discussões etc, mas em compensação, além dos problemas advindos da arrogância e petulância, ainda por cima trazem consequências horríveis internamente. Chego a ficar literalmente doente de raiva, somatizo.

Ainda não descobri como não internalizar a raiva a esse ponto e também não explodir e chutar o pau da barraca. Esse meio termo, que o livro chama de criatividade, não é o meu forte - equilíbrio.

Quando o assunto é simples ou vão, eu já virei craque. Por exemplo, ontem morri de raiva do Náutico, mas isso eu já tiro de letra: dois gritos, quatro palpites, duas ligações telefônicas de análises táticas com os amigos eu já esqueço.

Mas quando a questão é mais complexa, que envolve o casamento, relacionamentos familiares em geral etc, estou longe de encontrar uma solução sábia.

Se alguém tiver dicas me mande por favor.

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