25 de agosto de 2010

Cristianismo, justiça e protagonismo.

Tive a oportunidade de participar do Concílio Trianual que a Visão mundial promoveu essa semana em Kuala Lampur, Malásia.

Ali aprendi muita coisa e, mais importante ainda, conheci muitas pessoas cujos testemunhos e cujas mensagens mudaram minha forma de pensar em várias áreas. Uma das pessoas que conheci foi o Tim Dearborn, que escreveu o livreto "Reflections on Advocacy and Justice".

Numa sentada eu li o belo texto, que fala sobre o movimento profético de defesa da justiça, especialmente no contexto de organizações não governamentais cristãs.

Dentre muitos textos bíblicos citados nessa obra, eu destaco a recomendação do Concílio de Jerusalém (Gálatas 2:10), onde os judeus, liderados por Tiago e Pedro, especificaram que Paulo deveria lembrar-se dos pobres.

Uma excelente reflexão foi no sentido de que há uma sempre existente ameaça de que os cristãos (pessoas e organizações), por serem parceiros de governos ou outras pessoas ricas ou poderosas, justamente para terem condição de ajudar o pobre, deixem de apontar as injustiças e incoerências desses parceiros.

Não se pode ser "non-profit" e "non-prophet". Temos que manter uma intencional vontade de denunciar as injustiças desse mundo, ainda que isso seja feito de maneira propositiva.

Há ainda algo do livro que quero destacar, que é uma reflexão sobre o livro de Ester, no sentido de que Mordecai e ester souberam fazer "advocacy" com competência, devoção, apesar dos riscos.

Os cristãos precisam se posicionar contra as injustiças. Quem não faz isso colabora com a injustiça. Termino com a frase:

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." Martin Luther King

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