15 de setembro de 2010

Não quero mais ser escravo do relógio!

Há algum tempo, participei de um curso chamado "LIDERA", produzido pelo Instituto Ação Empresarial pela Cidadania em parceria com o Instituto Fonte e com a ADIGO Consultores.
Lá, além de outras coisas, fui apresentado à antroposofia e à pedagogia social.
Decidi que iria fazer parte de um grupo de estudos para ver muita coisa e reter o que eu entendia como sendo "bom" e, como parte da metodologia que utilizamos, fui instado a ler alguns livretos que fazem parte do "Caderno de Pedagogia Social".
São quatro títulos: 1) Os caminhos para a formação do pedagogo social; 2) Nada a ver comigo?; 3) Comunidade e Comunhão; e 4) Uma revisão da economia. São leituras densas (para mim), mas que em parte me foram úteis.
Por exemplo, vejam esse trecho do primeiro título, que estava tratando de como lidar com perguntas, processos, relações etc...

"Uma visão clássica é a de um rupo que precisa resolver um problema em um determinado período de tempo. O coordenador que dá um “free for all” para os presentes até cinco minutos antes do término da reunião das forças vitais de alimentação. O coordenador que já começa a interromper os participantes nos primeiros cinco minutos da reunião e seleciona as contribuições, entre relevantes e não relevantes, lembra o horário, segura firme as rédeas, chega ao final da reunião com uma decisão sem veda e sem força, com a qual as pessoas se sentem pouco ligadas. Este coordenador deixou prevalecer as forças de morte e do pólo da forma. O processo foi sufocado no berço e não pôde florescer. O pedagogo Social pode contribuir com a saúde dos processos, reforçando, no momento certo, o pólo da alimentação ou o pólo da forma."
De cara, eu vi que tenho que amadurecer muito nessa minha jornada de autodesenvolvimento! É que eu vesti direitinho a carapuça desse coordenador objetivo demais, sempre em busca de não "perder tempo".
Uma vez, numa reunião com David Young, da Visão Mundial, ouvi ele dizer claramente que "processo" gera conhecimento. Não necessariamente ele precisa gerar algo produtivo como seu resultado, quando na verdade a caminhada no processo já gera o conhecimento, entendimento, envolvimento ou empoderamento, conforme for a iniciativa.
É hora de fazer de novo essa reflexão e não me deixar escravo do tempo, do relógio e deixar fluir os processos!

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